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E se as bibliotecas fossem inteligentes?

E se as bibliotecas fossem inteligentes?

As bibliotecas são espaços felizes de aprendizagem e podem ser digitais tb! Leia este post do blog EntreNósTodos, da Vivianne Amaral

E se as bibliotecas fossem inteligentes?

Jason Griffey, criador do LibraryBox, participou recentemente do desafio da Knight Foundation sobre bibliotecas e é um dos vencedores.  O contexto do desafio foi a preocupação da Fundação com o futuro das bibliotecas,  já que elas têm sido “uma parte vital de nossas comunidades, durante séculos, como guardiões do conhecimento público, espaços de conexão humana, educadores para as próximas gerações de alunos”. Atentos à mudança dos hábitos em relação à leitura, bibliotecas  e livros, lançaram uma chamada com o objetivo de descobrir projetos que possibilitem levar ás bibliotecas (e seus serviços e valores) para o futuro: “Como podemos alavancar bibliotecas como uma plataforma para construir comunidades mais experientes?

Veja o vídeo da apresentação do projeto de Janson Griffey, na premiação

Knight News Challenge on Libraries Winners 6. Measure the Future from Knight Foundation on Vimeo.

 

Ampliando as possibilidades das bibliotecas com open hardware

A ideia apresentada por Jason foi desenvolver, implantar e treinar bibliotecários para criar e usar dispositivos de hardware abertos que permitam bibliotecas mais eficazes e eficientes. Ele considera que  as bibliotecas norte americanas já descobriram os benefícios do software de código aberto, mas não abraçaram totalmente o hardware de código aberto. Acredita  que o hardware aberto pode reimaginar a operação de bibliotecas. Um exemplo que apresenta de como as bibliotecas poderiam ser mais sensíveis às necessidades das comunidades que atendem, é a utilização de sensores que poderiam tornar uma biblioteca inteligente gerando informações aos bibliotecários . Sensores simples e baratos podem recolher dados sobre a construção de uso que atualmente são invisíveis.

Para o pesquisador, tornar explícito o que hoje é invisível,  permitirá bibliotecários tomarem decisões estratégicas para criarem experiências eficientes e eficazes para seus usuários.

 

CleverBox e  projeto GiFT

Achei a ideia de bibliotecas inteligentes maravilhosa e só reforçou meu entusiamo em relação a experiência que estamos tendo com o CleverBox, uma derivação do LibraryBox, e com projeto GiFT, que procura apresentar e disseminar a tecnologia no Brasil. Importante: há mais pessoa utilizando a tecnologia  por aqui, na maior parte das vezes em clusters de hackerismo. Nossa ideia é que seja utilizada em escolas, bibliotecas, centros culturais, praças, terminais rodoviários, de metrô, salas de espera.  Qualquer lugar onde pessoas estejam com aparelhos com wifi, pode ser vivido como espaço educador, inteligente e de compartilhamento de informação e conhecimento.

Penso que ainda não achamos o caminho para sensibilizar e envolver pessoas e instituições  que poderiam se beneficiar  muito com o dispositivo, que possibilita o compartilhamento de conteúdos digitais sem o uso da internet, via uma rede privada, de baixo custo.  Que é móvel e não depende de energia elétrica, pois pode ser usada com uma bateria fotovoltaica. Suponho que uma das razões do não envolvimento é que dirigentes das áreas da educação e da cultura e diretores e professores de escolas públicas, devido a pouca intimidade que têm com a cultura digital, código aberto, software livre e hackerismo, têm dificuldade para perceber os benefícios da tecnologia que possibilita a criação e manutenção de bibliotecas digitais sem depender da internet.

Procurando dar visibilidade ao dispositivo, inscrevemos o projeto GiFT no desafio Tecnologia é ponte , uma chamada do Instituto Claro/Embratel e Ashoka que procura identificar projetos  que tragam tecnologias para a  área da Educação. A noticia boa é que estamos entre os finalistas. 🙂

Além disso, continuamos fazendo intervenções com o projeto GiFT em todas as oportunidades. E no momento estamos com o projeto ancorado na Baia Hacker, em Itu-SP,  um laboratório temporário de experiências sensíveis.